Douglas Nunes 13/06/2011
Todos estamos assustados com a sucessão de crimes bárbaros que estão acontecendo, moradores e comerciantes estão amedrontados
Estamos vivendo um clima de insegurança e medo. Estamos no meio a um perigo constante que nos ronda a cada momento, em cada lugar. É como se caminhássemos no meio da pista de rolamento e tivéssemos a certeza que nada nos atingirá, ou se sentássemos em uma fina tábua apodrecida sobre um poço e esperarmos que nada nos aconteça. Ora, se procuramos o perigo, estamos sendo imprudentes, é claro que antecipamos a nossa morte.
Mas no caso dos crimes em Picos, buscamos segurança e não encontramos. Estamos nas ruas, a passeio, a trabalho, na escola, até mesmo nas igrejas estamos em perigo.
O que está acontecendo? Vejo os carros da polícia, mas não vejo ação e quando percebo uma ação da polícia é contra o cidadão trabalhador.
Não podemos mais sentar-nos para jantar em lugar algum? Famílias que buscam o lazer e a tranquilidade em um simples restaurante são mortos a sangue frio na frente dos filhos? Jovens assassinadas em pleno centro da cidade e ao meio-dia? Outros mortos por uma simples recusa ou por motivos banais...? Quantos assassinatos serão precisos para que as autoridades “acordem” e assumam o seu papel de polícia?
Em poucos dias, foram registradas várias mortes somente na cidade de Picos, cidade com pouco mais de 72 mil habitantes. E na sua maioria, o perfil das vítimas são pessoas entre 18 a 30 anos sem antecedentes criminais. Enquanto que a polícia só encontra os criminosos quando estes se entregam. Os que não se entregam, a polícia fica perdida e não dá explicações dos crimes não solucionados. Os autores desaparecem e depois é só o silêncio, nada mais.
Todos estamos assustados com a sucessão de crimes bárbaros que estão acontecendo, moradores e comerciantes estão amedrontados. Até mesmo algumas escolas estão com ausência de alunos devido ao medo, principalmente nas ruas de pouca iluminação pública e os pais não deixam seus filhos saírem nas ruas. O Instituto Federal (antigo Cefet) no Pantanal, é uma escuridão de dar calafrios e os pobres alunos enfrentam o medo na raça. A Direção do Instituto pouco se importa... E as autoridades então...
É necessário algum tipo de resposta coletiva para essas chacinas que vem acontecendo em nossa cidade. Convocamos as Organizações. A Sociedade Civil Organizada de Direitos Humanos; Esta é uma questão de cidadania... Todos somos cidadãos e não devemos buscar apenas para os problemas políticos para mudar esta ou aquela Administração. Mas manter a Ordem Pública em nossa cidade; A polícia tem que dar uma resposta para esses assassinatos. O cidadão tem o direito de direito de ir e vir sem medo de andar por nossas ruas.
Se você, cidadão, não puder mais sentar-se com a sua família, em uma mesa de restaurante para jantar, na nossa cidade de Picos... Então, o que pretende fazer? Permanecer impassível e indiferente e pensar que isso só acontece com os outros..? Pelo visto, pode acontecer com qualquer um! Está acontecendo bem próximo e não no Rio de Janeiro, distante dois mil quilômetros.
Douglas Nunes é Presidente da União Picoense de Escritores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário