A merendeira Cícera Rodrigues de Moura, que reside na Comunidade Chapada do Mocambo, zona rural do município de Picos, se diz perseguida pela liderança política naquela região, Antonio Veloso, ligado ao prefeito de Picos Gil Paraibano.
Segundo a servidora pública, efetivada no concurso realizado pelo município em 2007, a rixa pessoal começou há alguns anos depois de um desentendimento sobre o local onde seria erguida a capela da comunidade Chapada do Mocambo. Cícera conta que Antonio Veloso queria construir a igreja em um terreno próxima de sua residência e o grupo de animadores da comunidade desejava erguer o templo em outro terreno, onde acabou sendo construído, despertando a ira do líder político que desde então, segundo ela, passou a persegui-la.
“Ele (Antonio Veloso) faz tudo no terreiro da casa dele. O orelhão quando veio ele botou no terreiro da casa dele; o posto (de saúde) ele ‘tá’ fazendo colado a casa dele; a praça ele vai fazer colada a casa dele; e segundo comentários que ‘eles’ vivem dizendo que vai fazer uma outra igreja no mesmo lugar que ele queria”. Afirma à merendeira.
Insatisfeito por não ter conseguido construir a igreja próximo de sua residência o líder político Antonio Veloso passou a perseguir a merendeira no trabalho, a Escola Municipal Dona Benedita. De acordo com a merendeira, há três anos vem sofrendo perseguição no colégio. Ela diz que constantemente sofre denuncias inverídicas na secretaria de educação que têm como objetivo conseguir a transferência dela para outra região.
A merendeira relata que Antonio Veloso chegou ao ponto de colocar funcionários no colégio para vigiá-la e provocá-la no sentido de encontrar um pretexto para conseguir a sua transferência. Ela afirma também que o Diretor da escola a impediu de pagar o estágio de conclusão do curso de pedagogia e colocou falta durante as suas férias no sentido de prejudicá-la.
Há aproximadamente 15 dias a merendeira recebeu um documento da Secretaria Municipal de Educação, sem nenhuma justificativa, informando que ela tinha sido transferida para o Colégio de Coroatá, onde não existe necessidade de mais uma profissional e deixando a escola de Chapada do Mocambo sem merendeira. Para piorar a situação da servidora não existe transporte ligando a Chapada do Mocambo a Coroatá.
Irregularidade no Colégio
Cícera Rodrigues de Moura faz uma grave denúncia contra o Colégio. Segundo ela, a servidora Betânia Maria da Silva, aprovada no concurso público de 2007, tomou posse, mas nunca deu expediente na escola, trabalha em uma clinica particular no Centro de Picos. Apenas assina o ponto no final de semana e recebe o salário mensalmente. A mãe da funcionária, Benícia Maria de Jesus é quem trabalha ilegalmente na função da filha.